Dia 102 - Ecos da Verdade - Homenagem

A semana que se passou, para mim, ficou marcada com a saída do Blog Ecos da Verdade, de Vicente (O Corvo de Torga), deste mundo virtual da blogosfera.

O que posso dizer, de primeira, é que respeito sua decisão, mas queria lhe dizer, de todo coração, que foi um prazer compartilhar contigo suas idéias, sua vida, seu olhar peculiar sobre as coisas e as pessoas que o cercam.

Foi um prazer ver Torga por seus olhos, receber um Boa Noite quente e estimulante, ir a praia e ver tatuagens, viajar contigo pelo mundo das crianças e seus questionamentos, refletir sobre a injustiça e a desigualdade que nos assolam a rotina.

Um prazer conhecer vossa mãe, que muito lutou, para que seus numerosos filhos tivessem oportunidade e agradecê-la por você que em tão pouco tempo, em seu Blog, me contagiou com sentimentos nobres, com palavras de qualidade e acima de tudo, com uma bela amizade.

Sinceramente, sentirei sua saída, mas o que ficou, tenha a certeza, que agregou em minha vida e que levarei comigo com muito carinho.

Desejo felicidades em suas escolhas e que continue crítico, sensível, guerreiro da justiça, que continue firme em suas convicções e que este Corvo mantenha-se firme quando ondas lhe alcançarem e quiserem lhe dobrar, fez uso de sua escolha e assim prova da liberdade...

Grande amigo, um beijo...a ti minha homenagem num poema que sei que gostas e que Ecoa em mim, como palavras de verdade...


Não. Não tenho limites.
Quero de tudo
Tudo.
O ramo que sacudo
Fica varejado.
Já nascido em pecado,
Todos os meus pecados são mortais.
Todos tão naturais
À minha condição,
Que quando, por excepção,
Os não pratico
É que me mortifico.
Alma perdida
Antes de se perder,
Sou uma fome incontida
De viver.
E o que redime a vida
É ela não caber
Em nenhuma medida.
(Miguel Torga)
Estes são...Ecos da Verdade...Sempre!

Comentários

Anônimo disse…
Olá Geovanna,
Agradeço suas palavras...curioso que não me chame ingrato, nem insinue que o amigo se foi, nem tome como seu as minhas palavras e afirme que a desiludi...mas que apenas respeita a minah decisão...
Sabes, quando entrei para o seminário depressa me puseram o rótulo de cachalote por ser gordo, pouco depois de borrado ( pois passadas três semanas uma criança de onze anos como eu já não tinha cuecas para vestir...tinha que as ir buscar à roupa que vinha da lavandaria e procurar as que tinham o nº 228...)tb me chamaram de betoneira, piolhoso...enfim, mas pavio curto pegou já no seminário de coimbra... sempre fui impulsivo, generoso de caracter nas lutas que julgava serem dignas de serem travadas... éramos crianças... Acabar com os Ecos foi um acto impulsivo. Algo que já não queria... e isso é mais do que razão suficiente... não penso por outra cabeça que não a minha e não me desenho nas letras outro que não eu...e isso já não era possivel... até Santo António resolveu pregar aos peixes... pois tb eu fui pregar para outra paróquia...pelas tuas palavras ...tiro o chapéu....
Um Beijo
Vicente...agora João