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Mostrando postagens de agosto, 2014

Dia 336 - Tempos de Exclusão

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Surpreendo-me com a exclusão... Hoje é tão fácil excluir e ser excluído. Disse Sim, exclui (deleta) que é muito fácil. .. Disse Não, exclui (deleta) que é negativo. .. Ficou calado, exclui (deleta) que está adormecido.. . Falou demais, exclui (deleta) que aborrece .. . Falou de menos, exclui (deleta) que empobrece .. . Não se perdoa , Não se compreende , Não se coloca no lugar do outro , Não há gente... Que satisfaça aos padrões que se apresentam... Tão exigentes (uii!!), exclui (deleta) que não é pra gente! Ninguém quer "trabalho", Querem resultado, horário... Mi lionário, Modelo de televisão , Corpo violão , A m ente a gente dispensa, porque não se apresenta, Não tira foto no banheiro... A mente tem muito cabelo, atrapalha... Dá muito trabalho "ler um livro, plantar uma árvore e ter um filho". Eu, realmente, estou diferente... Não consigo me adaptar a este ambiente de exclusão permanente . Sou do tempo que se senta

Dia 335 - O que não quer se calar

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O que espera que eu diga? Se falo de amor ou ferida, é assim que sou. Solta e tímida... Um paradoxo em mim. Nasço e morro sem fim... Renasço, reinvento e sou como todos... Simples assim... (Será?) Contradição sem contexto... Como espera que eu sinta? Só sei sentir assim. Me ame ou me diga... Que pode viver sem mim e então se vá! Mas se ficar, apenas tente entender que eu só sei ser, não sei estar... Para me sentir viva Não posso “fincar âncora” na vida... Apenas no coração. Por isso, o que quer que eu diga... Apenas... Lembra de mim... Simples assim... E um dia... (quem sabe!) Me conhecerá. Pintura  Paixão  (foto), de Simon Abuhab, premiada com a Medalha de Prata no Salon International M.C. de Cannes em 2007.  

Dia 334 - Esperança

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Pensava com meus botões, o quanto estava triste e desanimada... Procurava nas imagens e frases da internet consolo, apoio, expressão... Algo que interpretasse meu coração... Foi quando encontrei essa imagem e pensei: - Que vergonha! Meu umbigo no quentinho, lavado, arrumadinho e outros tantos, muito mais necessitados do que eu procurando... Esperança em qualquer canto! Lembrei-me então das centenas de pessoas que estão morrendo com o vírus ebola, parece estar tão distante, mas é pura ilusão... Porque todos aqueles que lá sofrem são nossos irmãos, vilas isoladas, gente que não tem o vírus e também não tem nada, nem pão, nem água... Crianças magrinhas, sozinhas, mãezinhas e papais mortos... elas não tem o abraço de conforto, seu estômagos roncando de fome e a cabecinha ainda em construção já sem tijolos e chão... Parece tão distante não é? Mas... E se fosse um filho seu? Se fosse um parente, pai ou mãe doente? Iria doer? Iria sofrer? Seria tão distante? Ele