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Mostrando postagens de 2012

Dia 331 - Asa Livre (Todo Corvo)

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Um pássaro numa gaiola de portas abertas... A 'liberdade' outrora tão sonhada diante de si... Mas ele, que tanto a desejou, a porta não atravessa . Partir já não seria ser livre... Pois a liberdade que pensava conquistar fora Agora... É a sua gaiola. Então, mesmo que lhe ordenem que vá, ele não irá. É livre, para provar... Fecha a porta.

Dia 330 - Resposta ao tempo

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Em homenagem aos meus 35 anos, comemorados no dia 05/10/2012. Batidas na porta da frente É o tempo Eu bebo um pouquinho Prá ter argumento Mas fico sem jeito Calado, ele ri Ele zomba Do quanto eu chorei Porque sabe passar E eu não sei Num dia azul de verão Sinto o vento Há fôlhas no meu coração É o tempo Recordo um amor que perdi Ele ri Diz que somos iguais Se eu notei Pois não sabe ficar E eu também não sei E gira em volta de mim Sussurra que apaga os caminhos Que amores terminam no escuro Sozinhos Respondo que ele aprisiona Eu liberto Que ele adormece as paixões Eu desperto E o tempo se rói Com inveja de mim Me vigia querendo aprender Como eu morro de amor Prá tentar reviver No fundo é uma eterna criança Que não soube amadurecer Eu posso, ele não vai poder Me esquecer Respondo que ele aprisiona Eu liberto Que ele adormece as paixões Eu desperto (Nana Caymmi)

Dia 229 - (100)gracinha

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E olhar o horizonte, só pra acordar. E dormir sem sono, desesperar. E andar descalço, sem preparar. E sentir saudade, ao lado estar. E voar baixinho, sem asas dá. E cantar mudinho, deixa pra lá. E comer rezando, pra que orar? E rezar bem alto, pra que gritar? E sentir preguiça, o que é que há? E sentir cobiça, vem cá me dá! E a revolta presa, se revoltará. E correr gritando, não vai pegar. E morrer chorando, sem novidade. E viver sorrindo, é falsidade. E olhar de novo, vão perceber. E sentir seu gosto, pagar pra ter. E pagar bem caro, já vai doer. E não machucar, assim não dá. Viver sem arriscar, só calcular. 1 + 1 é 2 Comer feijão com arroz, virou freguês. Mas quando dois é um... Só tem arroz. Feijão entra no prato, mas só depois. Eu quero um bifinho pra acompanhar.

Dia 228 - Como bolhas de sabão...

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Quando eu era criança fazia da barriga do meu pai, que era gordinho, o meu travesseiro. Não podia vê-lo deitado descansando que logo chegava e perguntava se podia deitar em sua barriga... Era ali no movimento de sua respiração que eu me confortava e contemplava o ‘meu simples’... Aquele momento que nos sentimos aquecidos e nada mais importa. Hoje sinto o ‘meu simples’ de outras formas... Quando dou ou recebo um abraço sincero... Quando deito a cabeça no travesseiro e penso que minha mãe está no conforto de sua casa, em sua cama, segura, e que pude lhe proporcionar isso... Quando vejo uma criança dormindo ou sorrindo... Quando escuto uma música que enche meu coração de amor... Quando mentalizo a figura de Jesus num campo verde e eu descansando minha cabeça em seu colo e ele sorri gentilmente enquanto pousa sua mão em minha cabeça, num gesto de proteção, essa é minha imagem dele, e sinto me em casa. Quando consigo ajudar, de alguma forma, a quem precisa. Quando lembro do abraço de minha

Dia 227 - Família

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Lembro-me dos olhos dela... Duas janelas para um mundo que ainda desconheço. Todos os dias ela orava, sussurrando, transformando seus pensamentos em palavras Mas eu nunca consegui escutar o que realmente dizia. Eu nem sabia se ela notava, se me reconhecia, se me amava, mas... Todas as vezes que a visitava eu ficava lá, ao lado dela, às vezes segurava sua mão, Às vezes lhe fazia um gesto de carinho e atenção e quando ela me pedia eu sussurrava junto com ela uma oração. Pegava o terço na cabeceira, sintonizava a rádio e íamos nós passearmos, nos pensamentos dela, na minha inocência de infância e com Deus no coração. Acho que seus olhos eram verdes,   Com frágeis ombros curvados, braços finos e magros, mãos geladas e olhar opaco, Por causa da longa estrada que percorreu... Mal sabia ela o que me deixava, mais que lembranças... Sem as palavras... A importância de um dia com os Seus. (Homenagem a minha bisa Luiza, que conheci já bem velhinha, mas que me conquistou apenas com seu olhar)

Dia 226 - Esboço

Na falta de um traço que me defina, não poupo palavras. Me procurei nos desenhos acabados de outros artistas e não encontrei... Um traço sequer daquela minha pinta, detalhe só meu... Talvez por isso, quando finalmente cansei e desisti, encontrei a ‘coragem’ que havia perdido E definitivamente me desenhei aqui. Nua como uma folha em branco.  Branca, mas não pura. Sem marcas visíveis, alguns encantos e pequenas formosuras. Meus amados caracóis dourados, olhos castanhos, nariz grande e empinado Pedaços perfeitos de mim, num todo inacabado. Talvez tenha que ser assim,  Nunca ter fim e... Sempre... Um sopro renovado. 

Dia 225 - Toda nossa gratidão e carinho! Obrigada!

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Para iniciar bem nada melhor do que agradecendo. O ano de 2011 foi muito importante para mim, foi um marco em minha vida, pois foi o ano do meu casamento. De todas as ferramentas disponíveis para me ajudar na tarefa de organizar o casamento a internet foi, sem dúvida, a mais utilizada por mim. Me deparei com inúmeros sites especializados em casamento, dicas úteis e também fúteis, profissionais de todas as atividades neste ramo e uma séria preocupação em acertar em quem confiar. A postagem de hoje é dedicada a todos as pessoas e profissionais que me ajudaram nessa fase, que agregaram a este sonho um toque de carinho e pessoalidade, um algo a mais para corações aflitos e medrosos que usam a internet por falta de tempo ou por praticidade, como eu. É fácil comprar algo olhando nos olhos e mesmo assim, muitas vezes ser enganado. Agora mais difícil é confiar no olhar que não se vê, na voz sem rosto, na promessa dita, mas, graças a Deus existem pessoas como eles. A todos abaixo listados a min