Dia 218 - (...) aos outros como a ti mesmo.
Menino sentado a porta...
Magrinho...
Sozinho.
Magrinho...
Sozinho.
Um olhar...
Desafio lançado em alto mar, quase a naufragar.
Acontece a todo lado.
Tão miúdos e tão maltratados!
E diante disso, tudo é tão pequeno em nosso mundinho "encantado".
A fome.
Sem futuro.
Sem futuro.
Os pensamentos interrompidos por um ronco abafado.
‘Tadinhos' dos outros!
Ai ai!
Tão preocupados, atarefados, cheios de ‘eus’ e termos para justificar o pecado nada original.
'Tão cansados' sobre lençóis de 180 fios.
Bolsas Chanel, VH, LV siglas de um mundo prêt-à-porter.
Batom assim, brinco assado, argolas em lugares nunca antes imaginados, um mundo (des)virtualizado...
Batom assim, brinco assado, argolas em lugares nunca antes imaginados, um mundo (des)virtualizado...
Botox aqui...
Estica acolá, mas, (...) Como só tem caviar?!!
Pobre menino!
Nós é que estamos do lado errado e ele não tem nada...
Com isso,
Está ali, na miséria e observando, um espectador desolado, assistindo a um trailer de vidas fúteis.
Ele que simplesmente sabe, por condição, que para este circo lhe negaram o pão.
Ele que simplesmente sabe, por condição, que para este circo lhe negaram o pão.
Comentários
IMagens como esta deviam estar penduradas em todos os centros comerciais e todas as "catedrais"de consumo.
Nem mesmo assim sei se travariam a gula de algumas conciências narcisistas.
Este olhar é uma interrogação forte nesta época de Páscoa.
Uma Santa e Feliz Páscoa para ti.
Beijinhos
Branca