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Mostrando postagens de novembro, 2008

Dia 165 - The other side

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O silêncio... As correias te levam para o fundo... E, no fundo, fez o melhor que podia... Olhas pra cima, procuras a luz do dia, mas colocam sobre ti a lápide gelada e se faz noite... A noite eterna que nos aguarda... Fitaste o céu em seu último momento e mal conseguiste suplicar em pensamento: Deus não me desampare!! Teus filhos com olhos marejados de saudade... E neste momento é cedo para partir e tarde demais para decidir voltar atrás, seja para fazer outras escolhas, viver outros amores, apreciar outros sabores...visitar outros lugares ou cumprir sua sina. Neste momento, pensamos compreender o que é viver...e o que o tempo representa para quem não sabe o seu significado. E como é difícil compreender! Mas talvez seja este o segredo... Nunca haverá, neste mundo, uma árvore que detenha todo o conhecimento. Nunca estaremos saciados... Nunca seremos completamente compreendidos... Nunca compreenderemos tudo... Teremos de escolher no escuro, acertar nos próprios erros e err

Dia 164 - Um retalho de mim

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Nascerei de novo, na hora certa ou na hora errada, mas estarei lá, de pé, disposta, para o tudo ou nada. Arriscarei mais um vez, diante de caminhos mal traçados, escreverei histórias de encontros, desencontros e taças com vinhos inacabados, mas serei eu o tempo todo, não uma qualquer circunstância ou quadro mal pintado. Quando sufocada em lençol ou abafado o som das minhas ânsias, revoltar-me-ei contra a insignificância e rasgarei esta veste imaculada, queriam ou não a santa, prevalecerá o "escorpião". Talvez, nunca compreendam a minha natureza, podem pensar que ela não combina com a sala de estar, toda branca e bem arrumada, numa ordem muda e gelada. Talvez pensem que sou mais bela num quarto. Mas esta opinião não altera o meu valor. Já dizia aquela história do alfaiate que não possuía tecido para preparar as vestes do Rei vaidoso, tinha de sobreviver aquela situação, agradar ao rei ou perder a cabeça, mas o alfaiate tinha mais que tecidos, cortes, bordados...preparo

Dia 162 - Geo

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Caminhaste pela praia de encontro ao mar Sabias ser lua cheia mas não havia luar. E a cada onda bravia que se quebrava na areia logo outra a seguia e mais forte se erguia, grito de espuma branca. Olhaste longamente o céu e o teu colo era de garça quando abrindo os braços deslizaste para a água. Sabias ser lua cheia mesmo sem haver luar. Quando sobre teus passos de promessa já cumprida luminosa retornaste rescendias maresia. No olhar trazias estrelas e a magia velada de tua entrega ao mar. Eugénia Tabosa http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/375190 Publicado em 09/02/2007 ........ Este poema recebi de minha querida amiga Elvira (Blog Sexta-feira, http://6feira.blogspot.com/) no dia 14/11/08, na sexta-feira passada. Obrigada Elvira! Não me dei conta de que o nome do poema era o mesmo do Blog, até procurar saber mais de sua autora nesta data, já havia ficado muito feliz com este presente, agora fiquei mais encantada! Beijos! Se acredito em sinais? E

Dia 161 - Ao fim do dia

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No momento da entrega estarei de olhos bem abertos e com todo meu corpo descoberto... Livre!!!!! Enfim, de todas aquelas "roupas" que me estrangulam a vida, E não interessa se me dizem que esta "liberdade" é utopia, pois, quando adormeço também me entrego, mais livre que em qualquer outro momento do dia. E nesta hora, eu só me alimento de sonhos, abro mão de qualquer subterfúgio e... Apenas aconteço... Num mar que eu desconheço.

Dia 160 - Chuchu

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Faz 14 dias que as letras estão umas sobre as outras, 14 dias que não me inspiraram em nada, 14 dias nos quais trabalhei demais, 14 dias que malhei de acordo, 14 dias que...enfim...nada...acho que ele deveria estar entre aspas, então, 14 dias que..."nada", na sua natural relatividade. Já cheguei a pensar que fases 'conturbadas' me trazem criatividade, e que a falta de, me traz, digamos, sossego demais. Não sou masoquista, longe de mim desejar isso para ter o que escrever, nem pensar! Mas o sossego mudo me incomoda. Aquietar-me não me agrada, me alimento da falta de algo, a fome do querer me impulsiona ao ato. Sem a fome nada se come, por estar conformada demais para me dar ao trabalho. Clarice Lispector disse: "Escrever é um ato, sentir é um fato". Ao pé da letra e nesta ordem tento... Talvez este texto parido consiga colocar um sal, daqueles que vem em pacotinho e que não salgam nada só se espalham como confeitos brancos (que mais parecem areia mesm