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Mostrando postagens de outubro, 2008

Dia 159 - diAmante

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Tenho em mim todos os mares do mundo Hora rasos e calmos Hora revoltos e profundos Mas temem me navegar Sou orvalho Fresco, gotejando em ti Sou suave, te acaricio os lábios Mas não te penetro Toco-lhe a face e escorro sobre tua pele E mesmo que, muitas vezes, matando tua sede, não te sacio. Sou frio, sou forte, sou norte Vento que te atravessa Sou eterna promessa Sou jura, mas não perduro Quando chego, estou de partida Não me prendes, não me dominas Não sou doutrina, nem fim Me enrosco, me envolvo, bagunço seus cabelos como seu mundo, por isso, por mais que te refresque em dias quentes, em dias frios pede que não te atormente. Uma planta, uma árvore, semente que sempre renasce, seiva grossa que alimenta, casca grossa que protege, poda-me sempre que meus galhos arranham tua janela interrompendo teu silêncio inconstante. Nunca sou como antes, tenho em mim todo o ciclo da vida As vezes sou esperança, Dou-me inteira, frutífera, saborosa, Mas não me provas,

Dia 158 - Und Wenn Ein Lied (E se uma canção deixar meus lábios)

E se uma canção deixar meus lábios Então somente assim receba meu amor Através da noite e da estreita vista Para que com isso você não tenha mais nenhum medo Diga um pedacinho da verdade Veja como o deserto vive Crie um pouco de clareza E veja como o véu se levanta Ela vive e abre um espaço Que te mostra as coisas novas As coisas velhas desaparecem E até mesmo quando sua dor alcança até o céu Esta canção é só para você Linda, se você gosta Pois ela veio sobre mim Como a noite sobre o mundo Tire o perigo da escuridão Até eu estou preparado para o primeiro golpe Sou o primeiro que te liberta E sou o último que chora ao redor de você No nosso relógio de areia cai o último grão Eu ganhei e do mesmo modo perdi Do mesmo modo não gostaria de sentir falta Isto tudo fica na minha mente E uma lembrança que fica Entre o dia e a noite Põe-se o anoitecer ----------- Beijos! Bom fim de semana! Geo

Dia 157 - Por não estarem distraídos

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"Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ru

Dia 156 - Lua e Flor (05/10/08 - Feliz Aniversário Geo!)

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Queridos amigos, Infelizmente as palavras me faltam em alguns momentos, mas me sobra sentimento, por este motivo, lhes deixo essa linda canção de Oswaldo Montenegro, e peço desculpas por faltarem minhas letras, porém, não tenho dúvidas de que essa canção está a altura de meus amigos e que representa tudo aquilo que sinto, exatamente assim... Eu amava como amava um cantor De qualquer clichê, de cabaré, de lua e flor. Eu sonhava como a feia na vitrine, Como carta que se assina em vão. Eu amava como amava um sonhador, Sem saber porque, e amava ter no coração A certeza ventilada de poesia De que o dia amanhece, não. Eu amava como amava um pescador Que se encanta mais com a rede que com o mar. Eu amava como jamais poderia Se soubesse como te encontrar ----- Esta é a música que escolhi para meu aniversário de 31 anos, espero que gostem! Beijos!! Geo